quarta-feira, 27 de abril de 2011

Consumidor e Patrimônio Público analisarão reajuste em tarifa de ônibus

25/04/2011 - Institucional

Por Jorn. Celio Romais

Fotos/Lisiane Severo
Procurador-Geral recebeu representação das mãos de Ruas

O pedido dos vereadores do Psol, Pedro Ruas e Fernanda Melchionna, para que o Ministério Público proponha medida judicial com o objetivo de anular o último reajuste verificado nas tarifas dos ônibus de Porto Alegre foi encaminhado à Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais. A representação dos vereadores foi recebida pelo procurador-geral de Justiça, Eduardo de Lima Veiga, na quarta-feira, 20, e o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Marcelo Dornelles, enviará a documentação para as Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e do Consumidor. 

Na representação, os vereadores argumentam que o último reajuste “foi totalmente ilegal, uma vez que as empresas de ônibus da Capital – que atuam sem licitação – por óbvio não tinham legitimidade para elaborar planilhas e pleitear o aumento que terminou deferido pelo Conselho Municipal de Trânsito Urbano e sancionado pelo Prefeito Municipal”. De acordo com os vereadores, há cerca de 20 anos não são realizadas licitações para a área do transporte público em Porto Alegre, o que contraria toda a legislação federal, estadual e municipal existente. 


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Prefeitura segue em silêncio sobre aumento do ônibus em São Paulo


Sem ofício do TJ, Kassab não justifica planilha contestada por vereadores do PT que embasou o aumento da tarifa de ônibus em janeiro. Manifestações continuam.
Por Gabriela Moncau
Na última sexta-feira, 8 de abril, cerca de 150 manifestantes do Comitê de Luta Contra o Aumento da Tarifa realizaram o 11ª ato do ano. Concentraram-se na Av. Faria Lima em frente ao Shopping Iguatemi e caminharam, pela segunda vez, até a Rua Angelina Maffei Vita, onde mora o prefeito Gilberto Kassab (PSD).
Com gritos de ordem como “Ei, Kassab, vai pegar busão”, “R$3,00 não dá, queremos passe livre, passe livre já”, a manifestação foi pacífica e cobrava do prefeito uma resposta ante uma determinação da Justiça publicada no dia 24 de março exigindo da prefeitura uma explicação a respeito das planilhas que justificaram o aumento da tarifa do ônibus de R$ 2,70 para R$ 3,00 implementada em janeiro desse ano.
Os 10 dias de prazo estabelecidos pelo Tribunal de Justiça (TJ) do Estado de São Paulo para que a prefeitura tornasse pública a sua explicação sobre as planilhas se completariam no dia da manifestação, no entanto, nem começaram a ser contabilizados.
Segundo a assessoria do TJ, o prazo começa a contar a partir do dia em que é feita a expedição do ofício. “A liminar já foi concedida, o ofício já está na conferência para checagem dos dados e, em seguida, será encaminhado para a assinatura do relator do processo. Depois disso, um oficial da Justiça o entregará para a prefeitura”, afirma a assessoria. Em relação a uma perspectiva de quanto tempo este processo irá demorar, a assessoria afirma que “não é possível trabalhar com datas, por conta do grande volume de processos com os quais estamos trabalhando, mas não vai demorar tanto”.
No dia 18 de março vereadores do PT entraram com um mandado de segurança contra o governo municipal pedindo a impugnação da planilha de custos utilizada pela São Paulo Transportes para calcular o reajuste do preço da passagem de ônibus no município, medida que poderia diminuir imediatamente o valor da tarifa. A Justiça não acatou o pedido, mas em nome do desembargador David Haddad, determinou que as autoridades da prefeitura prestassem esclarecimentos.
Para Pedro Brandão, do Movimento Passe Livre (MPL), que integra o Comitê de Luta Contra o Aumento da Tarifa, a prefeitura vai tentar se esquivar de todas as formas possíveis para não dar explicações públicas. “Estamos avaliando qual vai ser a melhor forma de pressionar o TJ para acatar o mandado de segurança elaborado pelos vereadores do PT. Na audiência pública que o movimento conquistou com a prefeitura e os vereadores ficou público e evidente a inconsistência dos números da planilha e a existência de fraudes”, salienta.
História mal contada
A nota divulgada pela bancada do PT na ocasião em que entraram com o mandado de segurança afirma que a “planilha apresenta uma série de números inconsistentes, levantando a suspeita de que pode ter sido manipulada para justificar o reajuste”, argumentando que a “São Paulo Transportes alega que o custo do óleo diesel passou de R$ 1,705 em 2009 para R$ 1,8543 o litro no ano passado. Mas em consulta feita à Petrobrás na semana passada, a estatal informou que vende o combustível a R$ 1,70 o litro na capital paulista”, diferença de preço que representaria uma economia de R$ 5,85 milhões por mês.
De acordo com a planilha de custos apresentada pelo governo Kassab, na previsão de gastos para 2011, as empresas de transporte gastariam R$ 680 por cada jogo de pneu trocado. Até o ano passado, no entanto, o gasto para essa mesma troca era de R$280.
Ainda segundo a planilha, os gastos totais com o diesel foram os que mais aumentaram no último período: de novembro de 2009 foram gastos R$ 44,5 milhões e no mesmo mês de 2010, R$ 54 milhões. Esse aumento, porém, representa aproximadamente R$ 0,10 dos R$ 0,30 que subiram no preço da tarifa. Outro argumento da Prefeitura é um gasto maior também por conta do novo diesel que está sendo adotado nos transportes públicos – diesel B20, que contém 20% de biodiesel –, porém, apenas 1200 coletivos dos 15 mil que circulam no município operam com esse combustível.
Precariedade do transporte público
Apesar da passagem de ônibus no município de São Paulo ser a mais cara entre todas as capitais do País, a qualidade do transporte tem deixado muito a desejar. Em um estudo a respeito de mobilidade urbana realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em 2011, 44% da população brasileira depende do transporte público para se locomover. Entre os motivos para que os entrevistados tenham desistido de pegar transporte público, 28,91% afirmaram ser por falta de dinheiro, 35,3% por não haver transporte público e 36,52% porque não havia linhas no horário em que necessitavam. Na região sudeste, 24,1% dos entrevistados consideram a qualidade do transporte público em sua cidade muito ruim e 21,8% ruim. Na média nacional, 41,5% acham que sempre há atraso, com destaque para o sudeste, com 51,5%.
Entre janeiro de 2005 e janeiro de 2011, o valor da passagem de ônibus na capital paulista subiu de R$1,70 para R$3,00 representando um aumento de 76%, mais que o dobro da inflação no mesmo período, que segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi de 32,5%. Somente na gestão Kassab na prefeitura, o preço da tarifa foi reajustado em 30,4% (de R$2,30 para R$2,70 e esse ano para R$ 3,00).
Se levado em conta o salário mínimo estabelecido em R$545, um paulistano que tenha que fazer apenas duas viagens por dia, gastará por mês R$132 somente em ônibus, o equivalente a 24,2% de sua renda mensal.
Mobilização
atomplDurante a passeata contra o aumento da tarifa realizada dia 8 de abril na frente da casa de Gilberto Kassab, os manifestantes deixaram claro que não descansarão até conquistarem avanços. O próximo ato ainda não está marcado, mas Pedro Brandão do MPL ressalta que estão planejando próximas ações.
“Vamos avançar na pauta, tocando uma campanha para a construção de um Projeto de Lei de iniciativa popular pela tarifa zero. Ainda faremos um grande ato para lançar essa campanha”, diz Brandão. “Não se trata de simplesmente ficar lutando contra um aumento específico. Consideramos o acesso ao transporte um direito e lutamos para que não haja nenhuma tarifa. Acreditamos que esse projeto de iniciativa popular faz parte também da luta pela construção de outra política no País”, completa.

Foto: Gabriela Moncau

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mais um absurdo sobre o transporte públido em Porto Alegre

o MP do RS descobriu que as empresas de ônibus que atendem Porto Alegre estão sem contratos de licitação desde 1989, ou seja, há mais de 20 anos que os empresários do transporte operam na ilegalidade em plena capital gaúcha. Enquanto isso, quem paga o pato são os trabalhadores e a população portoalegrense, com um serviço de péssima qualidade e tarifas exorbitantes. Até quando teremos que arcar com esse sistema perverso de transporte público que sacrifica os mais pobres em detrimento dos lucros de meia dúzia de empresários???

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O que é tarifa zero?


Tarifa zero é o meio mais prático e efetivo de assegurar o direito de ir e vir de toda população nas cidades. Essa idéia tem como fundamento o entendimento de que o transporte é um serviço público essencial, direito fundamental que assegura o acesso das pessoas aos demais direitos fundamentais, como a saúde e a educação.
Com o crescimento sem planejamento das cidades, o acesso à saúde, à educação, ao lazer, ao trabalho, entre tantos outros, ficou extremamente complicado, custando além de muito dinheiro, várias horas do nosso dia. Nas grandes cidades os deslocamentos são uma necessidade diária, pois sem eles a vida social ficaria inviabilizada.
Nos locais mais distantes dos grandes centros, o acesso aos direitos fundamentais só pode ser concretizado através do transporte coletivo. E para assegurar que o conjunto da população possa desfrutar desses direitos, o transporte precisa ser público e gratuito. Caso contrário, as pessoas que não tem dinheiro para pagar a tarifa não poderão chegar aos seus destinos e exercer os seus direitos.
A tarifa zero será feita através de um Fundo de Transportes, que utilizará recursos arrecadados em escala progressiva, ou seja: quem pode mais paga mais, quem pode menos paga menos, e quem não pode, não paga. Por exemplo: o IPTU de bancos, grandes empreendimentos, mansões, hotéis, resorts, shoppings etc., será aumentado proporcionalmente, para que os setores mais ricos das cidades contribuam de maneira adequada, distribuindo renda e garantindo a existência de um sistema de transportes verdadeiramente público, gratuito e de qualidade, acessível a toda a população, sem exclusão social.
saiba mais::

Também apresentaremos o panorama jurídico normativo que rege o Ocidente quanto ao imperativo dos regimes democráticos de direito.

Tarifa pode chegar a R$ 3,21, mas o percentual exato ainda não foi divulgado

Moradores de Florianópolis têm até a madrugada do próximo domingo para se acostumar com a ideia de que o transporte público ficará mais caro na Capital. O anúncio do acréscimo foi feito na terça-feira e nesta quarta pouca gente sabia da novidade.

Pega de surpresa, a aposentada Zelinda Nikitenko ficou indignada com a notícia do aumento. Ela não paga mais passagem, mas a filha, o genro e os netos pegam ônibus todos dias e poderão ter o orçamento comprometido com o acréscimo.

— Eles (empresários das empresas de ônibus de Florianópolis) pensam só no bolso deles e não pensam em nós, eles só querem enriquecer, tá difícil para o pobre sobreviver — lamenta.

O valor do reajuste será divulgado nesta semana. Caso a tarifa atinja o percentual máximo de reajuste (previsto para ser de 8% a 9%) pode chegar a R$ 3,21 no dinheiro e R$ 2,59 no cartão.

Para o cozinheiro Rafael Rosenir Alexandre, morador do Cacupé, falta opção de transporte em Florianópolis, como o marítimo, por exemplo. Além de concorrer com os ônibus em valores, a alternativa poderia diminuir o caos que é o trânsito na cidade, especialmente em dias de chuva.

— A gasolina também subiu, mas a tarifa de ônibus vai ficar mais cara que o litro da gasolina, um absurdo — garante o trabalhador, que prefere ir trabalhar de carro.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A Luta do Transporte é mais uma Trincheira

O sistema de transporte é mais um sistema de opressão da população da periferia, que precisamos combater. Vamos seguir o exemplo daqueles que têm lutado nesta trincheira, em nossa região e em outras, e fortalecer essa caminhada. A Periferia Luta!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Transporte coletivo de Curitiba: Sistema está bem longe do “azul”

Serviço que serviu de inspiração para outros países deve ir além da funcionalidade e precisa de muito mais que um ônibus novo para evitar o colapso


O discurso do poder público de que o transporte coletivo de Curitiba é o melhor da América Latina não passa mais credibilidade como antes. Com base em pesquisas de campo, especialistas não têm medo de afirmar que o sistema não é tão bom quanto o que é vendido pela prefeitura, que recentemente lançou o Mega BRT, o maior ônibus do mundo. Conhecido como Azulão, ele tem 28 metros de comprimento, 2,5 metros de largura e capacidade para transportar 250 passageiros. Com menos paradas e uma tecnologia que permite abrir os semáforos, o Azulão reduz quase pela metade o tempo de viagem das linhas Pinheirinho e Boqueirão.

Para alguns especialistas, ele é apenas um tapa-buraco de um sistema cada vez mais defasado. Para outros, nem tanto. “O Azulão, mais do que uma salvação, é uma novidade. Desde o início da circulação dos ligeirinhos, com as paradas nas estações-tubo, em 1991, não víamos nada de novo nessas linhas”, diz o engenheiro civil Roberto Ghidini, autor da tese de doutorado “A dinâmica territorial em torno do transporte público e suas interrelações – Estudos sobre o metrô de Madri e a RIT em Curitiba”, a ser apresentada à Escola Superior de Arquitetura da Universidade Politécnica de Madrid, na Espanha.

O ônibus azul é um blefe a mais, na opinião do engenheiro mecânico João Carlos Cascaes, ex-diretor de Planejamento e Engenharia da Urbanização Curitiba S/A (Urbs). “Não é solução. O desempenho poderá ser bom em circuitos especiais, mas e no resto da cidade? Pior ainda, planejaram o metrô no circuito Norte-Sul sob a canaleta. Imaginou o caos a ser criado durante as obras? Erraram demais. Para complicar mais ainda, tivemos um edital assinado recentemente outorgando concessões que serão entraves na otimização do sistema”, afirma.

Verdade de fora

Enquanto o sistema de Curitiba apostou tudo no chamado Bus Rapid Transit (Trânsito Rápido de Ônibus, em livre tradução), veículos articulados ou biarticulados trafegando em canaletas específicas ou em vias elevadas, outras cidades do mundo investiram em modelos diferentes ou aperfeiçoaram o BRT. Na América Latina, os sistemas mais famosos são da Transmilenio, em Bogotá, na Colômbia, e o da Transantiago, de Santiago, no Chile, ambos BRT. No caso de Santiago, a tarifa é integrada com o sistema de ônibus local e com o metrô, o que dá mais mobilidade ao passageiro. Em Bogotá, a capacidade de transporte e a velocidade média são maiores do que as da capital paranaense.

O professor do mestrado em Transportes do Instituto Militar de Engenharia (IME) e da Fundação Getulio Vargas, Marcus Quintella, afirma que na Europa, por exemplo, existe o consenso de que o transporte público é a forma mais rápida, eficiente e econômica para a locomoção de massa nos centros urbanos. O termo transporte público abrange os metrôs, trens suburbanos, regionais e de alta velocidade, ônibus urbanos, táxis e veículos leves sobre trilhos (VLTs).

“Em termos tecnológicos, os benefícios para os usuários do transporte público são cada vez mais sofisticados e evidentes, desde a estrutura física dos veículos, passando pelo gerenciamento de frotas por satélite, até o controle sistêmico do trânsito nas vias urbanas”, diz Quintella. Nas capitais europeias, 70% das pessoas usam o transporte público para o trajeto casa-trabalho-casa, independentemente da classe social, pois não há outra opção mais racional e econômica.

Ghidini destaca o sistema de Barcelona. “Os deslocamentos diários são da ordem de 7 milhões de viagens, sendo 44% em transporte público, 22% a pé ou em bicicleta e 34% em veículo privado. O metrô é composto por linhas de empresa pública e privadas, assim como os ônibus. A coordenação é feita pela Autoritat del Transport Metropolità de Barcelona, que atua como um consórcio e que promove a integração modal e tarifária. Em 2007, iniciou a operação do Bicing sistema de locação de bicicletas, igualmente integrado ao sistema. Seguem inovando, melhorando em termos de cobertura espacial, de bilhetagem. Acho que este sistema poderia ser aplicado a Curitiba”, afirma.

Opinião

Lições para Curitiba aprender

Há uma semana estive em Lima, no Peru, para ministrar um curso de jornalismo investigativo. Num dos deslocamentos urbanos, puxei conversa com um taxista para me inteirar das eleições locais. Ele tratou logo de inverter o rumo da prosa. Queria saber sobre o Brasil, pois tinha particular interesse por duas cidades: Rio de Janeiro e Curitiba. Quanto ao Rio, muito compreensível; mas, e Curitiba? Pela fama de ser bem organizada e por ter um sistema de transporte que os peruanos pretendem implantar na capital.

Curitiba fez bem o seu marketing, mas está ficando para trás em inovação. Há um ano estive em Bogotá e constatei a eficiência do TransMilenio, sistema inspirado na capital paranaense. A vantagem da capital colombiana é que lá a prioridade é dos ônibus, não dos carros. Eles também têm uma boa malha de ciclovias. Uma prova de que precisamos aprender com quem aprendeu com a gente.

Outra comparação inevitável é com Barcelona. Sou um contumaz usuário de ônibus em Curitiba (em duas linhas bem tranquilas, diga-se) e fui passageiro temporário na cidade catalã. Durante uma semana eu e minha mulher, Simone, andamos de um lado a outro de Barcelona só usando ônibus e metrô, que são interligados. Não se trata de impressão de turista. O sistema de transporte público, que inclui ainda aluguel de bicicletas, é tão eficiente que convenceu a maioria dos barceloneses a deixar o carro em casa.

A lição que nos dão Bogotá e Barcelona é que não podemos ficar reféns de um único modal de transporte. Se o sistema for eficiente e diversificado, a maioria dos curitibanos também vai deixar o carro na garagem. Se Curitiba não se reinventar, poderá deixar ir por água abaixo a imagem que construiu mundo afora.

Mauri König, jornalista

Fonte: Gazeta do Povo 

País precisa diversificar o seu transporte urbano

Para Marcus Quintella, o maior desafio para o Brasil é orçamentário, ou seja, de destinação de recursos para projetos de transporte público nas grandes cidades, Curitiba incluída. “Essas cidades precisam receber maciços e contínuos investimentos para a construção de transporte público sobre trilhos, como metrôs, trens suburbanos e VLTs e em seus sistemas de ônibus, tanto os troncais como os alimentadores.”

Professor do Departamento de Engenharia Industrial da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, José Eugênio Leal diz quais são as melhores alternativas de transporte para o Brasil. “Sem dúvida a melhor alternativa seria combinar trem suburbano, metrô, VLT e depois BRT, exatamente pela capacidade do transporte e questão ambiental. E onde houver possibilidade, as barcas.”

Sobre a aplicação desses modelos em Curitiba, o ex-diretor da Urbs João Carlos Cascaes prefere cautela. “É uma leviandade simplesmente afirmar que a solução é essa ou aquela. O povo paga, qual é a conta? Como faremos? Quem? Quando? Quanto? Impostos? Tarifas? Confi­abilidade? Acessibilidade? Versatilidade? Complemen­taridade? Precisamos de cidades sustentáveis, com acessibilidade e mobilidade adequadas às necessidades dos usuários do transporte coletivo urbano.”

De acordo com Quintella, uma escolha equivocada poderá causar prejuízos na vida da população e na estruturação urbana da cidade. “A escolha do modo de transporte deve considerar as características físicas, tecnológicas e econômicas do material rodante e da via, bem como a qualidade de serviço que ele pode oferecer e o impacto no trânsito e na qualidade de vida das pessoas, além do tipo de demanda a ser atendida.” 

Fonte: Gazeta do Povo 

domingo, 10 de abril de 2011

O desmonte da Carris: déficit, denúncias e demissões

PUBLICADO NO BLOG RS URGENTE EM 09/04/2011

Por Paulo Muzell
A companhia Carris Porto-Alegrense anunciou neste início de 2011 o resultado do balanço do ano passado: um prejuízo de 1,8 milhões de reais. Em conseqüência, a direção suspendeu o pagamento de vantagens funcionais históricas, provocando a indignação dos seus 1.700 trabalhadores. As dificuldades não são novidade pois no final de 2009 a empresa já teve que recorrer a empréstimos bancários para pagar o 13º salário. A explicação da direção é que o insuficiente preço da passagem em vigor em 2010, de 2,45 reais, causou o déficit. Justificativa absolutamente inconsistente já que do início do Plano Real até hoje a tarifa praticamente duplicou: foi reajustada num nível 90% acima da inflação medida pelo IPCA.
Os indícios de má gestão e denúncias, cada vez mais frequentes, há vários anos foram tornados públicas pelas bancadas de oposição na Câmara de Vereadores. Segundo lideranças sindicais da empresa teriam sido a causa da saída do ex-presidente, Antonio Lorenzi (PMDB) em abril de 2010, substituído por João Pancinha, vereador do PMDB. As denúncias envolvem obras superfaturadas, realizadas sem licitação, compra de veículos em processo licitatório viciado, com uma única proposta – a vencedora – de uma empresa cujo proprietário, segundo a denúncia, teria relações com o ex-presidente (conforme matéria publicada no Correio do Povo). Há, também, a denúncia do desvio de um maciço volume de vales-alimentação da empresa no último episódio eleitoral. A vereadora Maria Celeste (PT) entregou um dossiê, anexando um áudio de um diálogo das lideranças rodoviárias com o ex-presidente Lorenzi ao promotor de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, Cesar Faccioli, que abriu inquérito para apurar os fatos. Na ocasião Maria Celeste solicitou ao prefeito Fortunati a abertura de sindicância.
Em março passado, novas denúncias chegaram à Câmara Municipal, encaminhadas à Comissão de Defesa do Consumidor e dos Direitos Humanos (CEDECONDH). Cinco funcionárias de carreira, concursadas, uma delas com 23 anos de serviço, foram demitidas sob a alegação de “necessidade de redução de custos e racionalização dos serviços”. A vereadora Maria Celeste, presidenta da Comissão, observou que, quando há necessidade de reduzir gastos de pessoal, de acordo com o bom senso e também pelo que dispõe a Lei de Responsabilidade Fiscal, deve-se começar pela diminuição do número de cargos de confiança, os CCs. E completou: “os números da Prefeitura informam o contrário: justamente no período de maiores dificuldades, entre 2008 e 2010 a empresa aumentou o número de CCs de 24 para os atuais 34, o que deita por terra a justificativa dada pela direção da empresa”. As funcionárias denunciaram prática de assédio moral: após a demissão teriam sido proibidas de transitar livremente na empresa, sendo escoltadas por pessoas da confiança da diretoria. Maria Celeste solicitará ao prefeito que reavalie as demissões realizadas.
É lamentável que uma empresa da tradição da Carris – em junho próximo completará 139 anos -, reconhecida pela excelência dos seus serviços, pioneira no atendimento aos portadores de deficiência (PPDs) e na criação das linhas transversais, venha sofrendo nos últimos anos os efeitos de gestões incompetentes, uma marca registrada desse governo Fo-Fo (Fogaça-Fortunati). Há apenas uma década, cabe lembrar, a Carris era empresa modelo, reconhecida pela Associação Nacional do Transportes Públicos (ANTP), que lhe concedeu em 1999 e reafirmou em 2001 o título de melhor empresa de transporte público do país.

Trânsito na Região da Lomba do Pinheiro

"Esta pequena obra, "maquiagem/paliativo" não resolverá 1% dos problemas da região.
Foi deliberado pela EPTC, a região não tem concordância com esta pequena obra proposta
pois os problemas de ordem estrutural pública que faltam na região extrapolam temáticas,
os problemas não estão somente no trânsito e tráfego, estão na saúde, educação, segurança públiica,... 

ISTO NÃO RESOLVE O PROBLEMA GENERALIZADO NO TRANSPORTE COLETIVO ENTRE 

A REGIÃO DA LOMBA DO PINHEIRO E O CENTRO DA CIDADE, ATRASO, SUPER LOTAÇÃO, CORREDORES COM PAVIMENTO CORROÍDO, BURACOS, LOMBADAS, ESTAÇÕES PÔDRES, MAL CONSERVADAS, ..."

Eduíno de Mattos
Conselheiro do CMDUA / RGP-07.
Coordenador do Fórum da Sétima Região de Planejamento Municipal.
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João de Oliveira Remião ganha mais uma faixa para o trânsito

Publicado no site da PMPA
07/04/2011 14:45:47 Foto: Lucas Barroso/PMPA


Trânsito ganha mais agilidade na Avenida João de Oliveira Remião
Foram iniciadas hoje, 7, as obras de alargamento de um trecho da av. João de Oliveira Remião, sentido Sul-Norte, próximo da Bento Gonçalves. Com a intervenção, será criada uma nova faixa exclusiva de tráfego para os ônibus que circulam na região, uma das mais movimentadas da Zona Leste.

O projeto de engenharia de tráfego foi realizado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e prevê recorte dos canteiros e de um pedaço da rótula da João de Oliveira Remião com a Bento Gonçalves. O objetivo da obra, que tem prazo de conclusão de 20 dias, é garantir uma maior agilidade ao trânsito e às linhas de transporte coletivo.

Agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) estão no local monitorando e organizando o tráfego. 

Protesto na zona Leste da Capital causa congestionamento

Fonte: Correio do Povo 08/04/2011

Manifestantes bloqueiam a avenida Bento Gonçalves para pedir melhoria no transporte público


Protesto na zona Leste da Capital causa congestionamento
Crédito: Bruno Bertuzzi / Rádio Guaíba / Especial CP 

Cerca de 40 moradores do bairro Lomba do Pinheiro, na zona Leste da Porto Alegre, protestam desde as 7h desta sexta-feira, bloqueando duas das três faixas da avenida Bento Gonçalves com a João de Oliveira Remião, no sentido bairro-Centro. A manifestação provoca congestionamento nas duas vias. O grupo pede melhorias no transporte coletivo na região.

No início do protesto, os manifestantes tentaram interromper toda a avenida, mas a Brigada Militar interferiu, o que causou um princípio de tumulto. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) está no local para monitorar o trânsito.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Manifestantes bloqueiam faixas de avenida da Zona Oeste de SP


Protesto é contra aumento da tarifa de ônibus na capital paulista.
Grupo protesta em frente à residência do prefeito Gilberto Kassab.

Marcelo Mora
Do G1 SP
passe livre protesto (Foto: Marcelo Mora/G1)


Protesto chegou a ocupar faixas da Avenida Briga-


deiro Faria Lima (Foto: Marcelo Mora/G1)
Uma manifestação contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo bloqueou duas faixas da direita da Avenida Brigadeiro Faria Lima, no sentido da Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, na Zona Oeste da capital paulista, na noite desta sexta-feira. Por volta das 19h35, a manifestação já havia se encerrado.
Os manifestantes se concentraram em frente ao Shopping Iguatemi e se dirigiram para a frente do prédio onde mora o prefeito Gilberto Kassab. Em seguida, eles retornaram para a frente do shopping onde decidiram encerrar o protesto.
Cerca de cem pessoas participam do protesto organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL). Segundo o MPL, esta é a 11ª manifestação contra o reajuste da tarifa de R$ 2,70 para R$ 3.
Não havia registro de confronto. Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e policiais militares acompanharam a manifestação.