quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Manaus - Violento protesto contra tarifa de ônibus tumultua Câmara Municipal


Trabalhadores de 15 cooperativas de ônibus executivos e 3 mil estudantes participam do protesto na manhã desta quarta (26). Grupo seguiu para o SMTU para buscar negociações.
[ i ]Estudantes derrubaram portão da CMM durante protesto.
Manaus - As 15 cooperativas de micro-ônibus executivos da cidade de Manaus realizaram uma manifestação em frente à Câmara Municipal de Manaus, na manhã desta quarta-feira (26).
Cerca de 3 mil estudantes, de 25 escolas de zonas diferentes da cidade, foram levados pelos micros-ônibus e estão apoiando e participando do protesto contra o aumento da tarifa nos ônibus e nos executivos. Havia poucos policiais para tentar conter a manifestação.
Segundo informações policiais, um agente de trânsito da Manaustrans que tentou multar um micro-ônibus foi retirado do local pelos manifestantes após ser ameaçado.
Um dos principais pedidos da categoria é que a Prefeitura de Manaus apresente os estudos que levaram à decisão de elevar a tarifa à R$ 5,50. Caso não ocorra negociação, os manifestantes continuarão com o movimento.
Por volta das 11 horas, os manifestantes quebraram o portão da CMM, sendo contidos pelos guardas municipais que evitaram a entrada com spray de pimenta. Uma repórter de um jornal local foi atingida por uma pedra e acabou desmaiando, recebendo pronto-atendimento no posto dentro da câmara.
A jornalista foi levada para o SPA do São Raimundo, porém, apresenta apenas alguns hematomas. Ela será liberada após realizar alguns exames.
O Presidente do Conselho Tutelar, João Furtado, chegou ao local para tentar retirada dos alunos presentes. João irá notificar todos os diretos das escolas que liberaram os alunos para participarem do protesto, que segundo ele, foram todos submetidos a situação de risco.


Os manifestantes continuam em frente a câmara municipal de Manaus, ocupando a entrada da câmara, porém, as forças especiais da polícia militar estão a postos no local caso haja um novo confronto.
Uma reunião foi realizada ao meio-dia pelo presidente da CMM, Isaac Tayah, vereadores que estavam na casa, além de representantes dos estudantes e dos funcionários dos ônibus executivos.
No meio do encontro, o vereador Wilton Lira se descontrolou e afirmou que estava sendo ameaçado pelos trabalhadores dos micro-ônibus e que "não convivia com bandidos". Em reação à atitude, os estudantes acusaram Wilton de ser o culpado pela violência, já que, segundo eles, estimulou o confronto.
Tayah, então, interveio pedindo que todos se acalmassem. O presidente da CMM sugeriu que uma nova reunião seja feita entre os desembargadores para discutir novamente o valor da tarifa de ônibus. Ele ainda prometeu que vai ter fazer uma reunião com o prefeito Amazonino Mendes para discutir a situação do transporte coletivo da cidade.
Novo destino
Tão logo a manifestação na CMM foi encerrada, os principais líderes dos manifestantes dirigiram-se à Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) para tentar falar com o superintendente Marcos Cavalcante. A intenção é abrir um diálogo para a redução da passagem, de R$ 5,50 para R$ 3,50, valor que já era cobrado antes do reajuste.

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