terça-feira, 31 de maio de 2011

Sem acordo, ferroviários podem decretar greve a partir de quarta-feira

Sindicato da categoria aguarda proposta da CPTM. Metroviários também farão assembleia nesta terça
São Paulo – Em estado de greve desde a semana passada, os ferroviários de São Paulo podem decidir em assembleia nesta terça-feira (31) iniciar a paralisação a partir do dia seguinte. Os sindicatos ainda aguardam proposta da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que atenda às reivindicações. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) transferiu para terça, às 12h, a audiência de conciliação que seria realizada nesta segunda (30). A assembleia está marcada para as 18h.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, em conjunto com o Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana e Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, ainda busca um acordo com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), vinculada à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos.
Entre os itens da pauta de reivindicações, estão reposição salarial com base no período de janeiro de 2010 a fevereiro deste ano, pelo maior índice (entre INPC-IBGE, IPC-Fipe e ICV-Dieese), aumento real de 5% e mudanças no plano de cargos e salários. A data-base é 1º de março. De acordo com o sindicato, a empresa propôs reajuste de 2,75%.
O presidente do sindicato, Eluiz Alves de Matos, descartou a possibilidade de operação-padrão caso a greve seja mesmo decretada. "Vamos parar todos os trens se não existir acordo, nenhum ferroviário deve ir trabalhar", afirmou.
Em nota, a companhia destaca acordo sobre benefícios, como seguro de vida, cesta básica, plano de saúde e odontológico e adicional de férias . "A CPTM reafirma seu interesse no fechamento do acordo e confia que as negociações se encerrem de forma positiva para os empregados, para a Companhia e para a sociedade."
Diariamente, cerca de 2,4 milhões de pessoas passam pelas linhas da CPTM.

Metrô

Os funcionários da Companhia do Metropolitano (Metrô) também farão assembleia na terça à noite, para decidir se entram ou não em greve a partir do dia seguinte. Eles rejeitaram proposta de reajuste de 6,39% feita pela empresa. A empresa estatal também é vinculada à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos.
Os metroviários também realizam assembleia nesta terça-feira (31), com possibilidade de deflagrar greve a partir desta quarta. Os usuários do Metrô chegam a 3,7 milhões por dia.

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