domingo, 13 de fevereiro de 2011

Governo do PSDB volta a atacar trabalhadores e anuncia aumento das passagens no metrô


130211_metroPCO - A partir do próximo domingo a população passará a pagar 9,43% a mais para andar de metrô, ou seja, terá que desembolsar R$ 2,90. A medida é uma defesa intransigente do aumento do lucro dos empresários e é feita por meio da exploração dos trabalhadores.
A população trabalhadora de São Paulo será alvo de mais um ataque dos governos do DEM/PSDB. Depois de o prefeito da capital, Gilberto Kassab (DEM), anunciar o aumento absurdo no valor das tarifas de ônibus, passando R$ 2,70 para R$ 3, é a vez do governo do estado Geraldo Alckmin (PSDB) anunciar o aumento na tarifa do metrô.
O anúncio foi feito na última segunda-feira, 7, pelo secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e deverá entrar em vigor a partida do próximo domingo, 13. Assim como ocorreu no caso das passagens de ônibus, o aumento na tarifa do metrô – que passará a custar R$ 2,90, uma elevação de 9,43% com relação ao valor anterior – consiste numa medida para aumentar os lucros dos tubarões dos transportes, um dos setores mais beneficiados pelos governos burgueses, principalmente nos governos dos tucanos e democratas.
A defesa intransigente dos empresários é feita inclusive de forma aberta. De acordo com a declaração do secretário dos transportes, o reajuste anual faz parte de um acordo prévio, ou seja, que ocorre independente de qualquer questão financeira, argumento utilizado pela burguesia para justificar os ataques. "É uma questão contratual, nós temos contratos para cumprir, e o mês de fevereiro é o de reajustes (...). O que se percebe é que não há justificativa nem técnica nem no setor financeiro, nem em questão de aumento de custo para chegar a R$ 3. Não deverá ser R$ 3", declarou Jurandir Fernandes (G1, 7/2/2011).
Como fica evidente, e conforme declarou o próprio secretário, o aumento abusivo não possui qualquer explicação técnica, é a defesa pura e simples do lucro dos empresários por meio da exploração dos trabalhadores. Tanto é assim que o governado do PSDB fez questão de afirmar que se for preciso, ou seja, se for da vontade dos empresários do transporte, o governo de São Paulo aumentará novamente as tarifas. "Este foi o mínimo para equilibrar as contas das empresas (...). O reajuste é anual e, podendo estabelecer, mais pra frente, reajustes menores, vamos fazê-lo", afirmou Geraldo Alckmin (Folha de S. Paulo, 9/2/2011).
A declaração do tucano é mais uma demonstração do caráter direitista do seu governo. Kassab e Alckmin governam para os banqueiros e empresários, portanto os trabalhadores não podem esperar qualquer conquista que não seja por meio da sua própria luta. A população trabalhadora e os estudantes devem se organizar, ir para a rua e arrancar da burguesia não só a redução das tarifas, mas também passe livre para estudantes e desempregados. Aqui vale a pena ressaltar a política capituladora da esquerda pequeno-burguesa, que prende reduzir a luta dos estudantes à solicitação de uma audiência pública para discutir o aumento, o que significa na prática aceitar os ataques do governo do DEM/PSDB, uma vez que é evidente que uma audiência pública com políticos burgueses irá resolver o problema da classe operária.

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