sexta-feira, 8 de abril de 2011

Contra tarifa de ônibus, manifestantes sentam na 23 de Maio

Os manifestantes que participam do protesto contra o aumento da tarifa do ônibus de São Paulo, interditaram totalmente a avenida 23 de Maio, próximo a rua Jaceguai, no sentido aeroporto, por cerca de 20 minutos na noite desta quinta-feira. Após agentes motorizados da CET (Companhia de Engenharia e Tráfego) impedirem o andamento da caminhada, os participantes do ato sentaram no chão.

Às 21h20 uma pista da via foi liberada, apenas um veículo passava por vez. A avenida foi totalmente liberada às 22h. A ideia inicial da organização do protesto de ir até a prefeitura foi cancelada. Manifestantes caminham, agora, sentido Bela Vista.
O protesto teve início na praça Oswaldo Cruz, na avenida Paulista (região central), por volta das 18h30. A via chegou a ficar totalmente interditada por cinco minutos, no sentido Consolação. Duas faixas foram liberadas, após intervenção da CET (Companhia de Engenharia e Tráfego) e da Polícia Militar. A lentidão chegou na via chegou a 2,4 km.
Depois da Paulista, os manifestantes foram para a avenida Brigadeiro Luís Antônio (região central), que também foi bloqueada.
A entrada da estação Brigadeiro do metrô (linha 2-verde), que fica na esquina da avenida Paulista com a rua Carlos Sampaio, foi fechada por guardas do Metrô.
Cerca de 30 motos da PM acompanham o protesto. Segundo os organizadores, aproximadamente 500 pessoas participam do ato. A PM não deu estimativa.
Hoje é a décima quinta-feira seguida que São Paulo é palco de protestos contra o aumento da tarifa. A série de manifestações tem sido organizada por estudantes, sindicalistas e militantes partidários desde janeiro, quando a tarifa subiu de e R$ 2,70 para R$ 3.
Na quinta-feira passada (17), os manifestantes interromperam o fluxo de automóveis no viaduto do Chá, na avenida Nove de Julho e no terminal Bandeira (na região central). Depois, parte deles tentou pular a catraca da estação de metrô Anhangabaú. Houvequebra-quebra e troca de agressões com seguranças do Metrô e PMs.
JUSTIÇA
O Tribunal de Justiça de São Paulo informou na noite desta quinta-feira que o desembargador David Haddad determinou, na última segunda-feira (22), que a prefeitura preste informações em dez dias sobre o aumento da tarifa de ônibus.
Haddad é o relator do mandado de segurança que pede a suspensão do aumento da passagem impetrado pelo vereador Ítalo Cardoso, líder do PT na Câmara. No pedido, ele diz ter o "dever de fiscalizar a conduta político-administrativa dos agentes públicos".
Em seu pedido, Cardoso afirma que a planilha utilizada pela SPTrans (empresa que gerencia o transporte coletivo em SP) é irreal e inflacionada e eleva o custo médio mensal do sistema de R$ 383,9 milhões para R$ 413,5 milhões.
Após a prefeitura enviar as informações solicitadas, o Ministério Público também terá o prazo de dez dias para se manifestar. Em seguida, o relator dá seu voto. O caso será julgado pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça, composto por 25 desembargadores.

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